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o abysmo da bolha

camada de separação

A metáfora da bolha, quando confrontada com o relevo geológico extremo.

O confinamento e a restrição dos contatos, em uma espécie de bolha de relacionamentos, o cuidado com o toque, com as superfícies. O receio de transmissão.

Da janela de nossas construções imaginárias, desta suposta camada de isolamento, avistamos uma possibilidade de rompimento, a frágil película da vontade em contraste com a quebra da planície, do acidente.  

O abysmo da bolha.  Isabelle Catucci, 2021

O abysmo da bolha. Isabelle Catucci. Desenho e aquarela sobre papel. 1,60 x 0,70 m. Foto da autora, 2020.  

Abysmo. Antiga grafia com a sugestiva letra y em descaída. O espaço de supressão. Onde não conseguimos alcançar sem esforço e cuja queda é um risco.

Para os terrícolas, a bolha flutua até estourar. Pertence à paisagem como uma membrana que depois de desfeita é reintegrada. Já o abismo, é sinal de interdição, interrupção e dificuldade. Não há continuidade na facilidade do trajeto. Ainda assim, sua topologia indica continuidade matérica, solo em diferença de nível. 

Os acessos e deslocamentos são modificados pela flutuação da bolha. Entretanto, somos ainda impelidos pelos campos magnéticos e pela gravidade, cuja força é percebida nos relevos e geografias.

 Cartografias de sentidos e interdições, lembranças dos sentidos hápticos e das intenções pautadas pelas perspectivas.

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