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Andar à esmo na beira da água, na linha de desmanche da solidez da terra.
Apoiar o papel no peito em luto, acompanhar a linha que a respiração desenha.
Cartografar os estados de transição dos sentimentos, dos climas, dos abandonos.
Observar diariamente as mudanças da maré, os rejeitos depositados pelo rio na praia.

Mapeamento da razão. Isabelle Catucci. Fotografia, desenho e aquarela sobre papel. Foto da autora. 2020.




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Água-viva, alforreca, medusa. Malemolência e transparência, visível nas ondas das areias após as cheias e chuvas. Reentrâncias, curvas, rugas, velaturas.
Mapeamento do pulsar na contingência do corpo. Área delimitada pela água, continente desenhado pela transição dos elementos. Carta móvel das variações e trocas. Linha trêmula simpática, autônoma, similar.
Sombras e sobreposições, estados da razão em questionamento, flutuações de vida, a crítica do juízo e a assunção da incerteza.
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