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série em porcelana sobre o sistema cartesiano de medida, a circunscrição do tempo sobre as projeções espaciais, os desejos de memória e arquivo.

Esquadrias submersas

 

Os mapeamentos indicam pontos de referência espacial em esquemas reticulados que constroem planos, responsáveis em orientar nossa imaginação espacial e direcionar nossas ações no tempo. Nestes estudos, a cerâmica recompõe os espaços em distorções e representações desarticuladas deste sistema pretensamente sólido, reconfiguradas pela temperatura, pela água e pela refração da luz.

 

As esquadrias são estruturas de passagem, normalmente utilizadas para sustentação de portas e janelas. São elas as molduras dos espaços vazios, dos recortes das paredes que deixam a paisagem e a vida transpasssar.

Na série esquadrias submersas busco um diálogo entre a tentativa de retenção da experiência espacial a partir de mapas e grades, construídos em peças frágeis de porcelana,  que fazem referência aos papéis de cadernos quadriculados, ao mapa múndi e aos trechos territoriais demarcados simbolicamente.

A submersão está atrelada à semântica do espaço, o vazio preenchido pela fluidez das interpretações, uma vez que o território está circunscrito pela sociedade ocidental a partir de representações gráficas de mapeamento.

As molduras destas concepções, trazidas aqui como esquadrias, procuram relativizar o olhar sobre este tipo de representação espacial, uma vez que ele abre margem para a passagem, ao mesmo tempo em que mergulha em abstrações sobre a espacialidade.   

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